Já ouviu falar em cervejas Lambic? Talvez, cervejas de fermentação espontânea? Tá difícil? E cervejas que você tomou e achou que estavam azedas ou estragadas? Tudo muito louco né?
Então, vamos falar um pouco da cervejaria Cantillon, uma das poucas cervejarias que se manteve aberta mesmo nos período das Grandes Guerras.
Inclusive, ainda é uma cervejaria familiar, com a administração e a receita da cerveja passada de geração em geração.
A cervejaria é tão diferente do que estou acostumado, que assim que cheguei na fábrica fiquei sabendo que o tour é feito sozinho, sem ninguém acompanhando. Bom e ruim, claro.
Ruim porque só temos uma simples explicação da fabricação da cerveja no início, por um dos herdeiros e donos. Bom porque ficamos totalmente livres para andar, tirar foto.
E, a primeira coisa bem impressionante, mas que reflete toda a forma de produção das cervejas da Cantillon, do estilo Lambic e Gueuze, é a "falta" de preocupação com os padrões de limpeza como ocorre nas grandes cervejarias.
A parte mais interessante do passeio, claro, são os aspectos da fermentação, que é considerada espontânea porque as leveduras são selvagens, ou seja, são aquelas presentes no ar. É, isso mesmo!
Tanto é verdade que o local em que a cerveja fermenta, as janelas são completamente abertas, justamente para que as leveduras selvagens façam seu trabalho. A grande maioria delas são chamadas de Bretanomicias, e além delas estão presentes algumas bactérias lácticas. Já houve registro de cervejas com 82 tipos de leveduras selvagens.
O primeiro, com uma autêntica Lambic, que é refermentada em barril por um ano, no minimo.
Depois, uma Gueuze, que é refermentada mais tempo no barril. E,só na prática pra perceber de fato que Lambic não tem carbonatação alguma, já a Gueuze é bem carbonatada e com espuma.
É um baita passeio. Muito diferente, no mínimo. Cervejaria está em Bruxelas, na Rua Gueude 56, n.º 1070. São 7¢ o tour.
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