Mais uma boa descoberta em Brugges, é a Cervejaria De Struisse Brouwers. http://struise.com/
Na verdade, a cervejaria é afastada da cidade, sendo que a visitação deve ser agendada, é ocorre apenas aos sábados. Pra quem tiver interesse, o endereço da fábrica é o seguinte: Kasteelstraat 50
8640 Oostvleteren
Mas, diferente do azar que dei de não poder ir visitar o mosteiro da Westeveleteren, tive muita sorte ao visitar a pequena loja da De Struisse no centro de Brugges.
Lá conheci o Sr. David Rogiers, que é um dos donos da cervejaria. Fui apenas para comprar uma das cervejas e trazer ao Brasil, mas acabei passando a tarde toda na loja, tomando várias das cervejas, e degustando as três cervejas on tap que estavam à disposição.
A cervejaria é daquelas ainda bem caseiras, com produção pequena, e com várias cervejas sazonais. Produzem desde Wittibier, até Stouts. Passam, inclusive, por diversos estilos envelhecidos em barris de wisky e vinho. Inclusive, uma de suas sazonais, a Black Damnation, pode chegar há 39% de álcool.
O Sr. David Rogiers, inclusive, é um colecionador de cervejas, com mais de 10.000 rótulos em casa. Bom sabedor de cerveja, não? Todo ano ele faz um festival na própria casa, que dura 15 dias, aonde ele vende suas cervejas, e da algumas palestras sobre a produção cervejeira.
As cervejas que tomei, foram as seguintes,i) A Tjesse Reserva, Belgian Strong Dark Ale; ii) Pannepot, outra Belgian Strong Dark Ale; iii) Cuveé Delphine, uma American Imperial Stout,; iv) Back Albert, uma Russian Imperial Stout; v) Ignis e Flamma, uma Belgian IPA; vi) Struisse Witt, uma Wittibier; vii) Danko Power, American Pale Ale e; viii) Struisse Tsjeeses Reserva BBA, uma belgian Strong Pale Ale, envelhecida em barril de bourbon.
Sim, foram todas essas. O mais interessante é que quase nenhuma delas segue à risca seu estilo. Fruto das varias experimentações que são feitas na cervejaria.
A mais impressionante delas foi com a Black Albert. No primeiro gole já fiquei intrigado, pois por se tratar de uma RIS, o que eu esperava era um forte teor alcoólico, com destaque para o aroma e o sabor de café. Mas, nada disso. O grande destaque foi o aroma e sabor de cervejas com fermentação espontânea.
Sim, aroma forte, animalesco, ácido. Ao perguntar ao Sr. David Rogiers o porque do aroma, ele disse bem calmamente: "não era o que esperávamos, algo deu errado, mas está uma delícia, não? Resolvemos engarrafar"
Há algo de mais artesanal que isso? Acho difícil!
Algumas dessas cervejas são vendidas no Brasil, mas apenas nos locais especializados, e já vi que o preço é um pouco salgado. Mas, aceita a dica? Vale cada centavo!!
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